Embora o estresse tenha um lado bom, em níveis elevados ele compromete a capacidade de trabalho, afeta os relacionamentos e pode ter efeitos devastadores na saúde, colocando em risco as coisas que são mais importantes na vida das pessoas.
O estresse afeta os sistemas nervoso, endócrino e imunológico do indivíduo. Pesquisas revelam que o estresse excessivo está associado ao desenvolvimento de uma série de doenças físicas como câncer, diabetes, hipertensão e infartos. Além de doenças físicas graves que podem ser fatais (como as cardíacas), o estresse também está por trás do desencadeamento ou agravamento de doenças psíquicas como a depressão, a ansiedade e a síndrome do pânico.
Depressão e estresse crônico podem se confundir, pois alguns sintomas são semelhantes. Em ambos, o sofrimento e os impactos negativos na percepção que a pessoa tem de si e do mundo são enormes. Sentimentos de menos valia, auto depreciação, sentimento de incapacidade, insegurança, medos, perda de prazer e de sentido na vida podem estar presentes no estresse excessivo e na depressão. Muitas pessoas sofrem caladas e sozinhas por vergonha, medo ou preconceito, o que contribui para agravar o quadro.
Situações de crise podem provocar intensa angustia e sofrimento emocional. Importantes estressores como dificuldades financeiras, doenças graves, perdas significativas, problemas escolares ou no emprego, separação conjugal, conflitos familiares, quando associados ao desespero, ao desamparo e à desesperança e movido pela impulsividade característica de níveis elevados de estresse podem se tornar fatores de risco de suicídio.
Quando se trata de estresse e saúde mental, indicadores alarmantes denunciam seus impactos e o sofrimento das pessoas, evidenciando a necessidade de ações individuais e coletivas emergenciais:
- Segundo a OMS, 9 a cada 10 pessoas possuem níveis elevados de estresse.
- O Brasil é o país com maior prevalência de depressão da América Latina, afetando cerca de 11,5 milhões de brasileiros (OMS).
- O Brasil é o país com maior prevalência de ansiedade do mundo (OMS).
- Estima-se que a cada 4 segundos uma pessoa tente suicídio e a cada 40 segundos uma o efetiva, somando cerca de 800 mil pessoas mortas por esta causa por ano no planeta (OMS).
- A depressão grave é o principal fator de risco de suicídio, hoje a quarta causa de morte entre os jovens no Brasil.
- Muitos suicídios são cometidos por impulso, em situações agudas de intenso sofrimento e desespero, mediante elevado estresse e pressão.
- Os transtornos mentais já são a terceira causa de afastamento no trabalho (INSS).
- Cerca de 70% dos brasileiros ativos no mercado de trabalho sofrem sequelas do estresse elevado, que compromete a sua saúde e capacidade laboral.
O que pode ser feito
Aprender a gerenciar o estresse e as emoções é fundamental para a manutenção da saúde, a promoção do bem-estar e uma vida produtiva com plena realização do potencial humano. Em um mundo repleto de estímulos e informações, saber filtrar e separar o essencial do trivial diminui a ansiedade, aumenta o foco e elimina desperdícios de tempo e energia. Portanto investir no autoconhecimento, aprimorar a capacidade de lidar com conflitos e pressão, focar nas soluções para os problemas, desenvolver hábitos saudáveis, construir e manter relacionamentos significativos e uma rede de apoio, ser capaz de pedir ajuda e aceitar que somos seres imperfeitos em permanente construção são fundamentais e essenciais. E em muitos casos, buscar ajuda especializada de um psicólogo ou psiquiatra pode fazer toda a diferença.
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